quando as histórias fazem a diferença
27.9.15
O Brandon do Humans of New York está na Europa, a fotografar e contar histórias de refugiados. Podem pensar que é uma estratégia de marketing para levar o seu projecto até níveis ainda mais altos do que já foi, e se calhar até é, mas eu só consigo ver alguém a sair da sua zona de conforto para levar imagens e histórias a percorrer o mundo e, quem sabe, até mesmo a mudá-lo.
Porque as imagens têm essa força e as histórias essa verdade.
Nem de propósito ontem vi este filme:
Que me tocou particularmente não pelo lado de jornalista desta mulher, mas sim, pelo lado de mãe, porque todo o filme eu pensava sempre como podia ela abandonar as suas filhas e família para ir para cenários de guerra.
Até que numa parte do filme a filha diz que a sua mãe faria muito mais falta a todas as crianças em risco em cenários de guerra do que a ela própria.
Altruísmo irreal, bem sei, mas...
Quando vejo os jornalistas a acompanhar situações limite como a de estas pessoas, em que tudo o que fazem é disparar continuamente, por vezes vejo-os como abutres, isentos de emoção perante o que se passa diante dos seus olhos. Mas se não fosse esse disparo contínuo, essa pessoa que regista o que os nossos olhos evitam ver, se calhar o mundo seria muito mais lento a mudar.
E o mundo precisa de mudar.
Por isso, fica aqui a minha admiração pelo Brandon e por este seu projecto de imagens e pessoas reais. E tenho a certeza que as suas histórias e imagens vão mudar muito mundo.
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Guardei as coisas que deixaste. O projecto que conta histórias e o filme.
ResponderEliminarE sim, o mundo precisa de mudar. Talvez nós precisemos também. A começar pela maneira como o olhamos. Sempre habituados a que esteja tudo à distância de um monitor ou de um ecrã. Este êxodo dramático de refugiados estilhaça isso tudo.
E tu és muito parecida com a Juliette Binoche.
Um abraço grande.
Mar
é mesmo Mar...
EliminarMuita gente me diz isso da Binoche e escusado será dizer que eu adooooro! Na verdade quando vejo filmes com ela, principalmente agora mais velha, estou sempre a lembrar-me da minha mãe, que era mesmo muito parecida:) bjs
Vi o filme há uns tempos. pregou-se a mim, é verdade. fica-nos por muito tempo, porque a coragem não se encontra assim ao virar da esquina, porque as pessoas extraordinárias comovem-nos. a mim sem dúvida que sim. e concordo contigo, as imagens mudam o mundo. beijinho
ResponderEliminarTenho este filme para ver na minha lista há uns meses, e parece-me que chegou o momento certo para o ver...
ResponderEliminarTambém apanhei este filme numa semana de insónias, devido ao problema dos refugiados. Adoro a Binoche e achei que fez um papel brilhante. O tema mexeu comigo: a eterna luta entre ser mãe e seguir aquela que sentimos ser a nossa missão.
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