Hasta la vista 2015

31.12.15
A Filipa fez um.
A internet anda toda ver o seu #2015bestnine.
Pois eu...eu...também:)

Este é um best de nada, é o que me vou lembrando, bom e mau, grande parte de coisas que se passam aqui pela internet à mistura com algumas emoções da vida pessoal.
Para arrumar e seguir em frente que amanhã está já aí.

1. Andei a brincar ao instagram com o Jóni Silva e foi muito bom relembrar que os adultos também podem ter espaço para a diversão sem tabus de idade.
2. Fiz um site para lá de giro para o Muda de Página que é a minha cara e do qual me orgulho muito. Mais uma vez percebi que, desde que me decida a tal, aprender novas coisas é sempre o melhor caminho. Arriscar vale a pena.
2. Contei com a Filipa do outro lado do ecrã e cada vez mais próximo do coração, percebendo que a Internet é um grande canal para se fazer amigos.
3. A ansiedade e o medo perseguiram-me. O medo de uma trombose que estava sempre presente, a ansiedade que me fazia voltar a sítios maus sempre que estava na eminência de encontrar um bom. Um início de ano arrasado por uma penunomia, um corpo cansado e sem energia. Foram inúmeras as sensações de desgaste, tive queda de cabelo, problemas de pele, de dentes e mais não sei o quê. Uma condição física de desgaste brutal. Um sentir-me mal na minha pele.
Agora com o ano a terminar, sinto que estou a arrumar essas sensações, a resolver o que tem de ser resolvido. Acima de tudo a ensinar a minha cabeça a aproveitar o melhor da vida, para que o meu corpo possa encontrar alguma espécie de equilíbrio.
O yoga foi sem dúvida o melhor lugar que o meu corpo encontrou.
4. Contei com a Maura para os dias mais quentes, confortáveis e agradáveis do ano, junto da minha família de coração. Momentos que quero poder repetir a vida toda.
5. Percebi que a escola primária não era o bicho papão que muita gente fazia acreditar. Acima de tudo confiei na pessoa que a frequenta, a minha filha. E ela saiu-se para lá de bem.
6. Participei de um meet do Instagram com algumas das pessoas que mais admirava neste mundo dos quadradinhos fotográficos. Uma experiência inesquecível de onde saiu a melhor foto que alguma vez me fizeram.
7. Comprei o melhor casaco do ano na Mão Esquerda.
8. Trabalhei muito e pude conhecer muitas pessoas interessantes, cheias de ideias, novos projectos e talentos e percebi que o melhor do meu trabalho é poder ajudar estes projectos e pessoas, pequenos ou grandes a ver a luz do dia na internet.
9. Não iniciei caminhadas nem corridas, fui menos ao yoga do que queria, não organizei a minha casa nem a minha cabeça. Percebi que quase não conseguia largar a cadeira do computador. Dias da semana, fim-de-semana, manhã, tarde e noite. Percebi que as coisas tinham de mudar. O meu corpo e a minha cabeça precisavam de mundo. A minha vida pessoal tinha de ter um espaço longe da profissional.
10. O que salva é sempre o amor que tem a forma destes três.
11. Deixei de ter bebés em casa. E tenho saudades. Mas ganhei duas miúdas giras que vão comigo para todo o lado.
12. Conheci a Sónia Sapinho ao vivo e cores e vi que a simpatia transborda para lá dos ecrãs.
13. Reencontrei o Menina Rapaz e reavi o entusiasmo perdido pela leitura de blogs.

14. Tenho uma miúda crescida em casa, cheia de ideias e opiniões sobre tudo e mais alguma coisa.
15. Preparei a cabeça para receber a mudança. Disponibilizei-me. Arrisquei experimentar o que nunca tinha pensado. Acredito no destino e que as coisas acontecem por alguma razão. Acredito em mim e nas minhas capacidades. Espero ansiosamente o novo ano.

Boas entradas em 2016 pessoas lindas que lêem este blog!

(todas as fotografias são do meu instagram com a excepção da 6 que é do Jóni Silva e da 8 da Xiomara Marques.)

Diz que vem aí um novo ano

22.12.15

Quando o Jóni fez esta fotografia e me pediu para dizer o que via através daquela janela, tudo o que conseguia imaginar eram coisas por ver e por fazer: "Quando olho pela janela vejo todas as portas que ainda estão por abrir."
Uma sensação constante que me acompanha sempre ao longo da vida de que ainda há muita coisa para vir. Um sentimento que por vezes gera angústia mas que na maioria das vezes me carrega a cabeça de adrenalina.

O novo ano está a chegar e a mudança vem com ele alinhada ao toque dos primeiros dias. Talvez uma das maiores mudanças que já fiz, ou talvez não, o decorrer de um caminho que me fez aceitar e gostar de novos desafios e de abraçar coisas novas sempre que se cruzam comigo.

Começo 2016 num novo desafio profissional, saio da cadeira atrás do ecrã, do mundo do 'share' e do 'like' e entro com os dois pés num espaço físico, de portas e tijolos, e com uma equipa de pessoas para trabalhar. Uma realidade que vem cheia de desafios e de interrogações, mas também um enorme projecto que vou gostar de viver. Eu sabia que estava na altura da mudança, já lá vão muitos meses que decidi que queria mais qualquer coisa, mas ainda não sabia por onde ia acontecer. Aconteceu.

O Muda de Página não vai desaparecer, vai também mudar e ajustar-se. É um projecto meu, pessoal, de que muito me orgulho e que vou querer manter nos moldes que acho que me fazem tirar dele o maior prazer. Sempre fiz outras coisas para além do Muda de Página, outros trabalhos, que não passavam por aqui porque não eram meus para partilhar, e esses sim, vão ser substituídos.

Este blog, esse vai continuar por aqui, agora mais do que nunca um ponto de fuga para outras realidades e pensamentos. A minha maior e melhor ligação ao espaço virtual, à imagem e ao texto pessoal, livre e descomprometido.
Espero poder continuar a contar com vocês desse lado, que fazem todo este caminho virtual valer sempre a pena.

Agora resta inspirar e expirar, várias vezes, encher a cabeça de energia e saltar.

Bem-vindo 2016!


Querido pai natal...esquece lá isso!

17.12.15
Segue o álbum do(a) Sílvia querido pai natal esquece lá isso no Pinterest.

Sabes aquelas coisas super fúteis que eu queria para o Natal?
Excêntricas e tal que nunca iam acontecer? Deixa lá isso Pai Natal.

Desde aquele ano em que me puseste uma camisa abotoada até cima com uma camisola de lã por cima a fazer 'pandan', que eu percebi que tu não estavas lá para mim.
A partir daí só serves para me arruinar a carteira a comprar presentes para toda a gente, sem qualquer expectativa de retorno.
Pois então, podes ficar a saber que não quero nenhum dos presentes que imaginei. E sabes porquê?

Porque os vou comprar eu.

Hasta la vista!

Instagram husbands

8.12.15
Sabem aquelas contas do IG em que são sempre as próprias pessoas a aparecer nas fotos? As proprietárias da conta? Sabem?
Por vezes dou por mim a pensar, então se todas as fotos são dessa pessoa a conta não deveria ser dela, porque na verdade o fotógrafo terá de ser outra pessoa, certo?
(pode haver um tripé, sim, mas na maioria dos casos duvido)

Ora que os maridos do IG resolveram se unir e criaram os Instagram Husbands onde falam do que sentem por serem usados como selfie stick sem stick.

Coitados!

querida Maura, ouvi dizer que

2.12.15
Casa Maura Ana
Casa Maura Ana Querida Maura,

Ouvi dizer que querem colocar umas plataformas de petróleo aí nas nossas águas azuis do quintal. Que vão acabar com o nosso jardim marítimo e com o nosso peixe grelhado, dia sim, dia sim senhor. Acho que há muito dinheiro envolvido, e muita gente interessada, mas nós, na nossa existência simples e economicamente decadente não queremos nada disso para nós.
Já não basta os prédios que plantam por todo o lado tirando as vistas de janela das nossas outras casas amigas Algarvias (nós não, que estamos protegidos pela alfarrobeira), agora ainda querem acabar com o melhor que temos preservado ao longo de tantos anos? O nosso mar?
É dizer a esses senhores, que as nossas rugas e fatos de banho ultrapassados não aguentam águas sujas e que queremos continuar a ser picados por peixe aranha e ouriços nas rochas.
Que vivemos bem no calor com ausência de piscinas artificiais ou com os muros a cair, mas não saberemos sobreviver sem o nosso mar, as rochas e a areia dourada.


Casa Maura Ana ferias
we are familywe are family Esta é a nossa família.
Não conhecemos o mundo todo nem fazemos viagens exóticas por destinos de postal, mas damos muitos mergulhos nas águas quentes do Algarve e já fizemos muitas crianças crescerem felizes à sombra das nossas casas e no mar da nossa costa.
E sabes, apesar de haver dias em que sentimos que é mais do mesmo, concluímos que temos o melhor que poderíamos desejar: as pessoas, a casa e o lugar. Só queremos por isso que as coisas fiquem como estão.

Por isso fica aqui o pedido, assinem a petição Diz Não Às Plataformas De Petróleo No Algarve.

Caraças menina rapaz

26.11.15

Custou, mas reencontrei o Menina Rapaz!

O Menina Rapaz foi durante algum do seu tempo de vida no blogger o meu blog de eleição. De repente desapareceu. Esfumou-se. Foi-se.
Pelos vistos foi propositado, a Joana queria mesmo desaparecer e recomeçar noutro sítio, de outra maneira...

Ainda por cima numa época de nascimento de tanta cena-fofa-kitada-pseudo-fashion-blogueira que me deixava com o ânimo em baixo.
Eu própria de dia para dia ia perdendo aquela vontade de por cá para fora o que me ia na alma, aligeirava o meu pensamento para que não ofendesse ninguém e ficava-me pela rama, pelo superficial, pelo pontual e muitas vezes menos sentido ou sequer pensado.
A naturalidade de colocar posts cá fora como quem manda postas de pescada desapareceu. Presa entre o não tenho fotografias de jeito, ou o, já se falou sobre isto, ou mesmo, se calhar pode não ser bom para mim escrever este tipo de coisas, ia se perdendo o hábito, mas acima de tudo a naturalidade que sempre me deu gozo nestas coisas dos blogs.

A minha vida está de novo em trânsito, preparo mudanças e novos saltar de muros e o meu blog sempre me acompanhou nestas coisas, queria muito por isso um novo fôlego destes dedos no teclado (por isso também o retorno ao raparigas como nós). Para isso, o reencontrar por acaso da menina rapaz  e também o ler novas linhas nos Locais Habituais, me deixou de certa maneira com os dedos a fervilhar.

Agora vou actualizar-me nos posts da Joana Cabral que pelos vistos ando perder há muito!




you are not a rock star

20.11.15



Sienna Miller from Cass Bird on Vimeo.

Obrigada Sienna.
Finalmente alguém se ri da piada que todos andam a ver.

uma agenda verdadeiramente pessoal

13.11.15

Apesar de todos os gadgets e computadores que temos à nossa volta, continuo sempre a recorrer ao papel para me organizar. Para pensar o trabalho e planear a vida preciso de escrever. E no fim, gosto daquela sensação de olhar para o que lá está e ver o que já consegui, as ideias que tive, os projectos que criei, os sítios onde fui.
Por vezes chego ao ridículo de, no final do dia, escrever actividades que não estavam previstas apenas para ter o prazer de as assinalar como feitas (cada tolo com a sua mania). E a verdade é que esta mania me ajuda muitas vezes a reduzir a ansiedade do dia que passou rápido demais e parece que não fiz nada.

Ao longo dos anos, mais ou menos por esta altura começa a minha busca dos cadernos e das agendas perfeitas. Sou uma fã assumida dos moleskines, pelo tipo de papel e capas que sempre me agradaram, mas, apesar dos vários formatos de agenda, nenhuma delas nunca se adaptou às minhas necessidades fazendo com que acumulasse por ano mais do que uma agenda e as coisas acabavam sempre por descarrilar.

Pois neste último semestre do ano tenho estado a experimentar o 'bullet journal' que, posso vos dizer, é perfeito para uma pessoa como eu.
No fundo somos nós que fazemos a nossa própria agenda, com os recursos que precisamos, o processo apenas nos dá uma orientação para que nada falhe e tudo tem uma forma de ser encaixado.
E não é que resulta mesmo?
Eu já fiquei fã, ora vejam lá http://bulletjournal.com/.


no to spec

9.11.15
Para quem trabalha com serviços o trabalho especulativo está um pouco por todo o lado. De tal forma, que a determinada altura, mesmo sem darmos por ela, já o fazemos porque nos parece que faz parte do processo.
Não faz.





[imagem via a palavra do cliente]

A fotografia que muda vírgulas

5.11.15

Para mim não há fotografia como a do Paulo Pimenta ou talvez não haja fotógrafo como o Paulo Pimenta. Como se diz por aqui no Porto é o maior e isso vê-se por este texto incrível na primeira pessoa na página do Porto olhos nos olhos.
Não o conheço pessoalmente, mas sei que a cidade tem a sua cara, ou serão as suas imagens que são a cara da cidade? A imagem do Público para mim, é em grande parte marcada pelas suas fotos, inconfundíveis e carregadas de emoção.

As fotografias dele não mudam só vírgulas, mudam vidas, as de quem ele fotografa e as de quem as vê. Mas as minhas palavras não são nada, vão lá ler as dele e depois, se não lhe identificam o trabalho comecem a ver. Vai ser uma descoberta que vos vai durar a vida toda.

A emoção das velharias

1.11.15
Uma foto publicada por Sílvia Silva (@asilviasilva) a

Sinto uma verdadeira emoção quando vasculho entre objectos numa qualquer banca de velharias e encontro algo que gosto. Mais do que uma roupa espectacular, ou qualquer compra que possa fazer para mim.
Não sei se é pela sensação de oportunidade, a ideia de uma peça única que jamais se vai repetir e por um preço simbólico. Ou será talvez a nostalgia de salvar algo do esquecimento eterno e lhe dar uma nova vida.
Tenho preferência pelas bancas que dispõem os objectos no chão, em que tudo está caótico e amontoado e que, à partida, não se dá nada por aquilo. É lá que aparecem as melhores peças, por um/dois euros.
Sei que, à partida, quando um vendedor se dirige a mim e me diz logo, sem hesitar, isso é sacavém menina, já não vou comprar. A peça estará, à partida sobrevalorizada, e só compro se for mesmo muito bonita, nunca pela marca.
Por isso adorei a feira de velharias de Lagoa, que visitei este Verão com a minha irmã, e onde, de facto, as velharias são velharias e há de tudo e coisas incríveis a preços de feira, como deve ser.

Uma foto publicada por Sílvia Silva (@asilviasilva) a

Depois ainda nutro uma enorme curiosidade sobre as pessoas que estão a vender. Profissionais que se dedicam a revirar casas vazias? Pessoas que vendem o seu próprio espólio? Sucateiros?
Gosto de os observar a todos e pensar como será que encontraram aquela peça em particular que tanto admiro.

Uma foto publicada por Sílvia Silva (@asilviasilva) a


As cadeiras dos vendedores das feiras de velharias continuam a ser um mistério para mim.
Cada uma mais bonita do que a outra.
São tronos do estilo sem preço.

Ponham os olhos e os ouvidos nisto

31.10.15

Olá,

O meu nome é Jorge, sou musico contrabaixista. Há 10 anos que vivo em Barcelona onde toco e colaboro com vários grupos. Nos últimos anos comecei a desenvolver o meu projecto a solo com a ideia de aproximar o contrabaixo ao público em geral. Um instrumento que habitualmente acompanha e serve de base, aparece neste caso em primeiro plano podendo-se apreciar os seus matizes, cores e algumas das suas infinitas possibilidades. Trata-se de um solo de contrabaixo, voz, percussão e loopstation.
Com este projecto já a funcionar e com muito boa aceitação do público catalão, chegou o momento de apresentá-lo em Portugal.

Entre os dias 18 de dezembro e 6 de Janeiro estarei em Portugal e teria todo o gosto de apresentá-lo no vosso espaço. Envio o meu texto de promoção, página web e alguns vídeos. Espero que seja do vosso interesse e possa ser programado no vosso espaço.

THESE ARE A FEW OF MY FAVORITE SONGS

Jorge da Rocha apresenta um concerto em que o contrabaixo é o protagonista de um repertório muito variado. Algumas das canções preferidas deste músico (e do público em geral) interpretadas de uma forma muito especial... Contrabaixo, voz, percussão e uma loopstation nas mãos de um só músico que procura novos caminhos para chegar ao destino de sempre: a alma de quem escuta!

Trata-se quase de uma investigação sobre outras formas de tocar este instrumento tão especial e a descoberta de outro novo para este músico, a voz... Uma mistura curiosa de estilos, temas originais e versões que vão desde Bob Marley a Bjork ou Radiohead, de Amy Winhouse a White Stripes!

Contacto:
Movil: (0034) 600621025
Email: info@jorgedarocha.com

I could live here

29.10.15










A casa de Sarah Murphy via Design Sponge.
Uma casa cheia de personalidade, cor e luz, ideal para acabar a semana e motivar algumas mudanças cá por casa também!

Fim da crise de identidade


Escrevo neste blog há 9 anos. Quando começou chamava-se raparigas como nós porque na altura me pareceu um nome bastante generalista para os assuntos não específicos que eu queria abordar.
A determinada altura, quando esta coisa dos blogs me começou a proporcionar trabalho, achei que este nome era muito infantil, demasiado feminino, entre outras crises, e quis criar uma página com o meu nome que englobasse tudo o que fazia na web. Essa página iria ser este blog e por isso a mudança para silviasilva.com.
Mas a verdade é que essa ideia nunca se materializou, o Muda de Página ganhou identidade própria e um espaço bem distinto, e este blog...bem, este blog manteve-se sempre um blog pessoal, sem grandes amarras ou definições, pois sempre foi assim que gostei de o ter. Talvez por isso o domínio tenha mudado, mas o nome raparigas como nós se tenha mantido aqui do lado e no facebook e nos mails que usava, enfim, nunca o consegui deixar ir realmente. E ainda hoje, quando alguém me reconhece pelo meu blog se refere a ele sempre como o raparigas como nós.

Ora, hoje é dia de arrumar verdadeiramente a casa, e por isso ali em cima no browser vocês podem ler novamente www.raparigascomonos.com. O domínio silviasilva.com vai estar durante um tempo a apontar para aqui, mas mais tarde vai servir outros propósitos muito valiosos e por isso peço-vos que se têm o meu blog em alguma das vossas listas, por favor actualizem o nome.

Quem são afinal as raparigas como nós?
São pessoas que gostam de se encontrar para conversas sem fim sobre a vida e as ideias cheias de conteúdo ou ocas de futilidades, coisas que gostam ou detestam, mundos reais ou fictícios, o que calha e o tempo dita.
Sim, porque quando te encontras com amigos para estar, não classificas conversas, público alvo, sexo ou regularidade dos temas, pois não?
Pronto, aqui é igual.
Simples.

(fotografia de Sónia Sapinho)

Síndrome 'a la française'

23.10.15
Uma foto publicada por 🍍coline🍍 (@eppcoline) a

Quem nunca ouviu falar do estilo da mulher francesa?
Imagens cliché como a camisola de riscas, o cabelo escuro perfeitamente despenteado, um colar de pérolas, enfim, o estilo 'vesti a primeira coisa que me apareceu à frente e mesmo assim estou espectacular'. Sabem?
Basta visitar blogs como a Man Repeller, por exemplo, para perceber que nos EUA, esta obsessão é ainda mais evidente.

Por vezes penso, mas porquê? Das vezes que fui a França (poucas, confesso) não vi nada de especial nas francesas. Mas depois, vêm-me à memória actrizes como Juliette Binoche ou Marion Cotilard, entre outras bem lá no topo das minhas preferências e penso que se calhar, também eu, sofro desse mesmo síndrome.

Eis que hoje, ao passear pela conta de IG de uma blogger francesa de moda/beleza e ao apreciar várias das fotografias e o estilo pessoal e descomprometido da rapariga, associado ao francês que acompanha as fotos, dei por mim a pensar: 'mas afinal o que é que a francesa tem?'.
Vocês sabem? Eu não, mas que tem, tem!



Uma foto publicada por 🍍coline🍍 (@eppcoline) a


Uma foto publicada por 🍍coline🍍 (@eppcoline) a


Uma foto publicada por 🍍coline🍍 (@eppcoline) a

Instagram meet @ TAP M&E

21.10.15
Uma foto publicada por Jóni Silva (@jonisilva) a

Foi no passado sábado que acordei ainda o dia não tinha nascido para seguir viagem até Lisboa. Fui convidada para participar num meet do Instagram, no qual iria encontrar algumas das caras por trás das contas que mais admiro e fotografar nas instalações da TAP Manutenção e Engenharia.
Bem, agora vocês perguntam-se porque eu, @asilviasilva no IG, com menos de 1000 seguidores haveria de ir a um meet destes? Pois é, na verdade não foi pelos meus belos olhos, nem pelas minhas fotografias espectaculares, mas sim porque a Sónia Sapinho e o Jóni Silva pediram para que eu também fizesse parte deste encontro. Ou seja, é tudo sobre pessoas, sobre saltar para fora do ecrã e passar bons momentos a fazer coisas que nos divertem e que nos aproximam.
E lá fui eu, um pouco ansiosa confesso, com o meu iphone4 a dar as últimas e o meu 'prop' (um belo e muito fotografado capacete de flores) preparado para aterrar neste novo planeta.

Todos os meus medos e ansiedade sobre o profissionalismo e grau artístico de alguns participantes e a forma como isso me iria intimidar se dissipou em menos de nada.
O que move este tipo de fotografia é mesmo o momento, a encenação e a diversão. E os seus melhores autores realmente divertem-se a fazer estas coisas.
Foi muito giro observar toda a movimentação, as cenas teatrais que por lá se criaram, os saltos suspensos no ar que algumas pessoas são capazes de fazer (não, não é só efeito do disparo contínuo, há mesmo quem se suspenda no ar). Os fotógrafos mais discretos que circulavam sem chamar a atenção e captavam as cenas mais incríveis. A luz que alguns viram e os universos que outros criaram.

Conheci pessoas incríveis, falei pela primeira vez ao vivo e a cores com a Sónia e a Rita e fiquei apaixonada por algumas contas que ainda não conhecia. Não vou referir os meus preferidos, porque são muitos e porque não há nada melhor do que vos convidar a visitar as hashtags #tapmro e #instatapmro no Instagram.
 
[se clicarem em qualquer uma das fotos do widget acima podem ver o seu autor]

Um grande obrigada ao Pedro Dias, por ter 'arranjado' mais um lugar para mim neste avião inter galáctico.
Foi uma viagem e tanto!


saltar entre ecrãs

18.10.15
Uma foto publicada por Pedro Dias (@morfeum) a

Ontem foi um dia bom.
Fui 'penetra' de um meet do Instagram na TAP Manutenção e Engenharia. Estar com todas aquelas pessoas que só conhecia pelo ecrã do computador, através de fotografias e hashtags, superou as minhas expectativas.

Levei flores no cabelo, pois claro, como se quer num encontro importante.
Amanhã trago até aqui mais um pouco do que foi o dia de ontem, por hoje fiquem com a foto do Pedro Dias (@morfeum), o organizador mor de todo o encontro.
Bom Domingo pessoas!

bang bang

6.10.15
Sofro de problemas capilares, ou melhor um permanente descontentamento com este cabelo lisinho e fininho que me calhou na distribuição genética. Não gosto.
Gostava de ter muito cabelo, volumoso, cheio de jeitos e manias que acordasse levantado. Eu sei, eu sei, que quem o tem diz que é uma praga, eu não acho.

Ao longo dos últimos tempos a coisa tem piorado.
Já o cortei para não se notar tanto a sua queda, aderi aquela coisa do bob que nunca cheguei a compreender. Tentei deixar crescer a franja e sinto que voltei aos anos 90, com cabelo liso pelo meio das costas e uma fotografia dos nirvana na capa da escola.
Nestes dias olho para mim e percebo que está tudo errado com o meu cabelo. Acredito que há pessoas que ficam muito bem e vejo nas capas das revistas, mas aqui no árduo espelho da realidade isto não fica nada bem.
Cada um é como é, o meu cabelo é liso e fino e por isso preciso sempre de ter um corte, com uma forma, não uma juba ao vento.
E pronto, isto tudo é apenas para dizer que sinto saudades da minha franja e que, na moda ou fora dela, eu e ela fomos feitas uma para a outra.
Amanhã temos encontro marcado!

Segue o álbum do(a) Sílvia hair no Pinterest.

E sim, esta versão Uma Thurman é de longe a minha 'wild bang' preferida!
 

quando as histórias fazem a diferença

27.9.15

O Brandon do Humans of New York está na Europa, a fotografar e contar histórias de refugiados. Podem pensar que é uma estratégia de marketing para levar o seu projecto até níveis ainda mais altos do que já foi, e se calhar até é, mas eu só consigo ver alguém a sair da sua zona de conforto para levar imagens e histórias a percorrer o mundo e, quem sabe, até mesmo a mudá-lo.
Porque as imagens têm essa força e as histórias essa verdade.

Nem de propósito ontem vi este filme:



Que me tocou particularmente não pelo lado de jornalista desta mulher, mas sim, pelo lado de mãe, porque todo o filme eu pensava sempre como podia ela abandonar as suas filhas e família para ir para cenários de guerra.
Até que numa parte do filme a filha diz que a sua mãe faria muito mais falta a todas as crianças em risco em cenários de guerra do que a ela própria.
Altruísmo irreal, bem sei, mas...

Quando vejo os jornalistas a acompanhar situações limite como a de estas pessoas, em que tudo o que fazem é disparar continuamente, por vezes vejo-os como abutres, isentos de emoção perante o que se passa diante dos seus olhos. Mas se não fosse esse disparo contínuo, essa pessoa que regista o que os nossos olhos evitam ver, se calhar o mundo seria muito mais lento a mudar.
E o mundo precisa de mudar.

Por isso, fica aqui a minha admiração pelo Brandon e por este seu projecto de imagens e pessoas reais. E tenho a certeza que as suas histórias e imagens vão mudar muito mundo.

the worst tours in porto

26.9.15
O Porto está na moda.
Toda a gente vem passar férias, ver festivais, comer nos restaurantes, sair à noite, ver as lojas novas, passear. E isso é bom. O Porto gosta de receber e está feliz com a chegada de tanta gente nova à cidade.
Mas o Porto para ser o que é, é feito de gente, de hábitos e costumes, de vários estratos sociais e ofícios.
E há um Porto que está esquecido, o Porto do trabalho, da indústria e do emprego. O Porto dos bairros e das pessoas, o Porto da população idosa, o Porto das escolas e das crianças que precisam de espaço para brincar. O Porto de todos os dias que corre entre empregos para pagar a renda.
As pessoas que não vivem apenas do turismo e não almoçam nos sítios da moda estão tão ou mais aflitas do que nunca. E a cidade está cada vez mais distante para esta gente.
Dá-se agora, mais do que nunca o fenómeno da gentrificação que começou no centro e hoje alastra-se para novas zonas da cidade:
Chama-se gentrificação (do inglês gentrification) o fenómeno que afeta uma região ou bairro pela alteração das dinâmicas da composição do local, tal como novos pontos comerciais ou construção de novos edifícios, valorizando a região e afetando a população de baixa renda local. Tal valorização é seguida de um aumento de custos de bens e serviços, dificultando a permanência de antigos moradores de renda insuficiente para sua manutenção no local cuja realidade foi alterada.
(in Wikipedia)

Worst Tours Porto Há muito tempo que tinha ouvido falar das Worst Tours e já as tinha divulgado aqui e entre amigos, mas nunca tinha feito uma. Foi preciso os amigos decidirem o dia e a hora e convocarem-me para um destes passeios pelo Porto, de tal forma que não tinha como dizer que não. E foi o melhor que fiz. O Porto atrás das fachadas, no cimo das encostas, dentro das associações e por caminhos abandonados é um Porto que eu não conhecia, no qual nunca imaginaria colocar os pés, mas que me é familiar pela sua essência.
Não me senti uma turista porque tudo o que a nossa guia Margarida dizia era uma realidade que todos sabemos, é o nosso país, é a nossa cultura e a nossa situação económica e social, mas senti-me uma estranha a explorar uma nova cidade, isso é certo.
Este passeio não é feito de momentos 'para a foto' nem da história dos monumentos da cidade. Este passeio é feito de política, arquitectura, opinião, estrutura social e cultural, ruas, escadas, pessoas,  portas e muita conversa.
As fotos não são espectaculares e foram tiradas com algum custo, porque cada vez que o fazia sentia que estava a perder a 'conversa'. E isso já diz muita coisa.
Não pensem que é um passeio negativista ou por um Porto feio, não, é um passeio real por um Porto autêntico e naturalmente bonito que vos vai arrebatar o coração para sempre.
Este post não pretende mostrar-vos onde estivemos nem o que falamos, porque acho que para isso, o melhor é mesmo irem fazer uma tour destas.
Fica aqui o site: theworsttours.weebly.com
E o Facebook: www.facebook.com/The-Worst-Tours

Venham daí!
  Worst Tours Porto
Worst Tours PortoWorst Tours PortoWorst Tours PortoWorst Tours Porto Worst Tours PortoWorst Tours PortoWorst Tours PortoWorst Tours PortoWorst Tours PortoWorst Tours Porto2015 09 05_24472015 09 05_2450Worst Tours Porto2015 09 05_2454