'You will be confronted overandoverandover with your fears, your insecurities, your crappy excuses, your limitations, your justifications, your shitty integrity, and your inefficient time management. The standard you held yourself to in the work-a-day world was good enough then, but it won’t be good enough to run your own business. And you will learn to accept yourself through all this because in order to get up every day and create, you have to. ' Stephanie St. Claire
Apesar de ter formação em gestão, não sou nenhum guru dos negócios. O meu trabalho no Muda de Página e outros projectos que já fiz, despoletam alguma curiosidade nas outras pessoas e por vezes sinto que a imagem que passa é muito 'deixei tudo para trás e abri um bar de praia e fui feliz para sempre'.
Mas está longe disso. Já pensei muitas coisas e enganei-me, tentei outras tantas e percebi que não dava, fui contornando e contorcendo-me para avançar e para não desistir. Sempre a contar com o apoio em casa (muitas vezes sendo também alvo de risota) e com uma boa dose de força de vontade aliada ao estado actual da nossa economia, que na maioria das vezes nos deixa uma solução óbvia: seguir em frente, que não há tempo nem espaço para filosofar muito.
Recebo tantos e-mails e perguntas de pessoas, sobre o meu percurso, e com algumas ideias completamente erradas, sobre o que é isto de trabalhar de forma independente, sozinha e na internet, que gostava de conseguir explicar melhor e de forma mais clara como tudo isto aconteceu e acontece. Mas a verdade é que não consigo, até porque ainda ando a reconhecer o caminho e a tentar avançar sem qualquer certeza ou método.
Mas não, isto não dá muito dinheiro e sim, faço outros trabalhos paralelos ao Muda de Página que me dão também gozo, permitem contactar com outras pessoas e equilibrar um pouco as coisas. Muitas vezes desejo um emprego das nove às cinco a carregar num botão, com um salário fixo, e muitas outras vezes sinto pânico de ter saído fora do carreiro e saber que depois é muito mais difícil voltar. Tenho saudades de ter as coisas compartimentadas na minha cabeça e conseguir desligar sempre que não estou presente, de distinguir trabalho de prazer e de encarar as coisas como um hobbie. Agora está tudo misturado e há dias que nem sei do que gosto ou não gosto de fazer.
Todos os dias vou resolvendo problemas, superando as minhas dificuldades e procurando soluções. Não planeei nada e não consigo dizer a ninguém onde vou estar daqui a 5 anos a não ser 'com a minha família', o resto são favas que ainda não contei. Tento gerir o meu stress da melhor forma e vou lançando alertas a mim própria sobre as coisas muito boas da minha vida. Dizendo sem medo e por vezes com escândalo dos outros que sou feliz.
Uma das coisas que me lembro de ouvir o meu pai dizer era: 'podes não saber o que queres, mas tens sempre de saber o que não queres'. E isso, aliado aos erros que vamos cometendo é precioso.
Há umas semanas atrás li um artigo da Stephanie St. Claire: '11 Things I Wish I Knew When I Started My Business' e identifiquei-me com muitas das coisas que ela fala. E, infelizmente, a maioria dos erros já os cometi. Não acho que para os outros que se querem 'lançar' por aí, saberem estas 11 coisas os vai impedir de cometer os mesmos erros que eu e tantas outras pessoas, mas pelo menos, podem rir e sorrir e sentir-se acompanhados nos erros normais deste tipo de percursos.
Cá vai (para ler o artigo completo, que vale bem a pena sigam o link):
'A lot of people like to fool you and say that you’re not smart if you never went to college, but common sense rules over everything. That’s what I learned from selling crack.' -Snoop Dogg
'Researching/studying/ reading other people’s blogs is a form of resistance. In order to get clarity, you must act. Clarity does not come by learning more, it comes by jumping in with your instincts and putting yourself out there, even if you don’t know exactly what you’re doing.'
2) Ready to meet your soul mate? It’s you. Entrepreneurship is the most life changing relationship (like marriage or parenthood) that a person can have. You will be confronted overandoverandover with your fears, your insecurities, your crappy excuses, your limitations, your justifications, your shitty integrity, and your inefficient time management. The standard you held yourself to in the work-a-day world was good enough then, but it won’t be good enough to run your own business. And you will learn to accept yourself through all this because in order to get up every day and create, you have to. Somehow through that process of acceptance, while you’re busy putting yourself out there in spite of your flaws, your weaknesses will transform and you will fall in love with yourself. Not in the over-hyped “SELF LOVE 2012” way, but in a quiet way that sneaks up on you after witnessing a thousand splinter-sized moments of transcending the baser aspects of yourself.
3) Your trajectory for success will take as long as everyone else’s, even though you’re special and brilliant.
4) Running out of money is a common part of the journey.
5) Build a hybrid stream of income. I finally came to terms with the fact that I was being obnoxiously naïve about how money, peace, survival, and timing all work together and I got a second job. By doing this, I supernaturalized my own path to freedom and self-sustainability. And since I wasn’t freaking out about money anymore, I liberated more creative real estate in my brain to apply toward my business.
6) Read Steven Pressfield’s Do the Work.
7) Spend less time researching, more time doing. Researching/studying/ reading other people’s blogs is a form of resistance. In order to get clarity, you must act. Clarity does not come by learning more, it comes by jumping in with your instincts and putting yourself out there, even if you don’t know exactly what you’re doing.
8) Only say yes to clients/collaborative projects that are HELL YESES.
9) You must devote time to becoming a brilliant marketer.
10) Email will be your new best frenemy. Your inbox will explode. You care about everyone, but you can’t help everyone. Read: Not everyone is your customer.
11) Number eleven is a hodge-podge: Do not work your business 7 days a week. From time to time, forget everything you know about the “right way” to run a business and run it like a neighborhood lemonade stand.
It´s brilliant, and it's real. I'm not a business woman, but this 11 Topics are quiet interesting. But you're unique, that's the impression you pass to this side. Amei a frase que o teu pai sempre te disse, uso-a algumas vezes.
ResponderEliminar"não sei para onde vou, não sei para onde vou, sei que não vou por aí"...de José Régio.:)
ResponderEliminare gostei de ler os 11 tópicos, são mesmo isso.
Como compreendo o que dizes... Às vezes as pessoas também acham que eu saltei de uma multinacional de consultoria para o maravilhoso mundo de freelancer em fotografia. E depois preciso de explicar que tudo foi um processo que me trouxe até aqui onde estou e que muito do que faço nem foi sequer planeado. Aliás há 5 anos atrás se me dissessem que hoje estaria a fazer o que faço, acharia uma ideia muito utópica!
ResponderEliminarMas é como dizes, às vezes nem se sabe muito bem para onde se vai. Eu não sei a resposta à pergunta dos 5 anos, mas sei que quero continuar a ser freelancer porque sem dúvida que a trabalhar assim é que faz sentido para mim e adoro o que faço nos horários que faço. Mas lida-se com outros detalhes não perfeitos, mas nada é perfeito, portanto limam-se arestas ano após ano, fazem-se as coisas de forma diferente, experimentam-se novas estratégias e segue-se em frente!
E como dizia no FB às vezes sinto-me a arriscar a própria sorte quando digo que as coisas correm bem! Há sempre espaço para melhorar, mas não me posso queixar e também não devo porque trabalho todos os dias para o que tenho à minha frente a acontecer!
Um beijinho grande!
Like :)
ResponderEliminarGosto especialmente da parte que diz "Sempre a contar com o apoio em casa (muitas vezes sendo também alvo de risota) e com uma boa dose de força de vontade aliada ao estado actual da nossa economia, que na maioria das vezes nos deixa uma solução óbvia: seguir em frente, que não há tempo nem espaço para filosofar muito."
Também não sei onde me vão levar as minhas "velharias" à mistura com as minhas costuras feitas em hobby time... mas que me dão equilíbrio no meio desta confusão toda, dão. Quem sabe daqui a 5 anos conseguirei responder à pergunta?! Bj.
Nada se alcança sem esforço e sem trabalho. E por mais flexibilidade que se possa ter em termos de horários etc ser freelancer não será sempre fácil imagino...é preciso batalhar ainda mais mas para sermos felizes temos de fazer por isso.
ResponderEliminarBeijinhos
www.iwantobakefree.blogspot.com