new beginnings

26.9.13
new beginnings Estas últimas semanas têm sido de correria, com a escola a começar, novas actividades para as miúdas, os horários, os meus projectos novos, enfim, os meus dias só acabam lá para as duas da manhã. Todos os dias, sim ouviram bem, todos os dias. Sinto que não tenho mais por onde me esticar, não consigo ser mais rápida do que sou e que por mais que me esforce estou perto do limite.

No meio disto tudo não há tempo para mim. Desde que sou mãe que não pratico qualquer tipo de desporto ou actividade, já tentei o yoga e correr, sem sucesso. A verdade é que eu sou preguiçosa e não concebo o desporto pelo desporto, para mim tem de haver algum prazer associado à coisa ou então não funciona.

Apesar de nunca ter tido o sonho de muitas meninas de ser bailarina, o ballet foi acompanhando a minha vida por formas travessas. Em pequena porque o pratiquei e depois mais tarde porque trabalhei numa companhia de teatro/dança em que muitos dos elementos eram bailarinos. O ballet era também uma forma de manutenção e acabava por acontecer aqui e ali, se bem que de uma forma muito diferente do normal. Hoje a minha amiga e companheira de palco, Janete, abriu a sua própria escola de dança e criou aquilo que eu sempre achei que ia ter sucesso, que é uma aula de ballet para adultos. Sim, isso mesmo, ballet para quem nunca o fez, para quem não tem um corpo trabalhado nem escultural, para quem nunca na vida vai ser bailarina. O ballet pelo prazer de dançar, pela música harmoniosa, pelos movimentos lentos e difíceis, pela postura, pela beleza dos gestos. Para quem como eu, não se identifica minimamente com o ambiente ginásio e com instrutoras de fitness morenas e tatuadas, esta é assim uma alternativa mais do que perfeita. Só tem um defeito é um pouco longe demais para mim e o horário é muito difícil de cumprir pelo tipo de vida familiar que tenho. De qualquer forma, hoje lá vou eu, fui buscar as minhas sapatilhas pretas e o fato de ballet de há mais de 10 anos, não faço a mínima ideia se me serve, mas estou esperançada que sim. Vou fazer uma aula experimental, para saber se me sinto bem e depois vou pensar como posso encaixar em todos os meus afazeres uma hora de prazer para mim própria. Vamos lá ver como corre.

Hoje já vai ser mais do que perfeito, até porque depois do ballet tenho francesinha e uns finos com os amigos de sempre, e isso, para mim, é do melhor!

Um bom dia pessoas!

 

coisas bonitas [e uma lição] na minha caixa do correio

25.9.13
coisas bonitas na minha caixa de correio No outro dia recebi um e-mail da Hazel. Não a conhecia, ela era leitora do meu blog, mas nunca tinha deixado comentários ou entrado em contacto comigo. Disse-me que me queria dar os panos de crochet da avó dela. Que andava a reorganizar as suas coisas e queria dar ou vender tudo aquilo que não lhe fizesse falta. E escolheu-me a mim, para oferecer os panos de crochet feitos pela sua avó e que ela usava para brincar com as suas bonecas quando era criança, porque achou que eu seria a pessoa ideal para tomar conta deles e lhes dar um bom uso.
Ora, eu que sou tão agarrada às 'minhas coisas' fiquei um pouco incrédula, confesso, não percebendo como é que alguém era capaz de me dar uns objectos que para mim seriam tão valiosos.
Os panos chegaram, são 3 e são lindos. E eu ainda estou aqui de boca aberta e a pensar.

E se fossemos todos assim? Se cada um de nós conseguisse dar aos outros aquilo que não precisa e que os outros podem valorizar? Não estou a falar de caridade, estou a falar de partilha. Sim, isso mesmo, partilhar. Eu tenho um casaco que nunca uso, mas que fica no armário para 'um dia', porque não o dou à amiga a quem eu tenho a certeza que ficaria bem? Partilhar conhecimento, coisas, sentimentos, são coisas tão importantes.
Hoje a Hazel não me deu só 3 panos de crochet, fez-me olhar aqui para a minha 'bolha' e perceber que tenho coisas a mais e que devia fazer como ela. Do que tenho por aqui, o que posso dar para que outros possam usar, para caridade, para reciclar, fazer as coisas moverem-se e ganharem novas vidas e propósitos.

Os panos da avó da Hazel não podiam ter ficado em melhores mãos, isso eu posso lhe garantir, porque vou tratar deles e usá-los com muito carinho e com a memória de um momento que para mim é marcante e que me fará olhar para os objectos com outros olhos, outras forma de ver e de ter.

Obrigada Hazel!

sobre as mudanças

24.9.13
sobre as mudanças [www.silviasilva.com] Há muito tempo que queria mudar. Foram muitos meses a pensar que tinha de mudar este blog. Por incrível que pareça, desde que comecei a mudar os blogs dos outros nunca mudei os meus!
Havia também da minha parte um certo cansaço e uma sensação de 'dejá vu' em tudo o que via. Eu era a minha pior cliente de sempre porque não fazia a menor ideia do que queria. Comecei por pensar que não queria nada, ia limpar o meu blog de tudo e deixava apenas as fotos e o texto, mais nada (continuo a gostar dessa ideia), mas depois comecei a perceber que muita gente para quem eu fazia blogs não sabiam que eu era a mesma pessoa que escrevia neste blog, referiam muitas vezes o meu blog pessoal como uma das suas leituras frequentes e não sabiam que , do outro lado, estavam a falar com a mesma pessoa. Então comecei a perceber que estava a cometer um erro de comunicação, em que eu, ao contrário do que aconselhava às outras pessoas, não transmitia da forma correcta quem eu sou e o que que faço aqui. Por isso foi importante para mim ter ali em cima um menu 'sobre mim' e aqui do lado mostrar os projectos em que estou envolvida e outros que já fiz.
Saberem quem eu sou e o que faço, para mim neste momento é muito importante. É uma sensação de arrumar as ideias na cabeça e nas páginas.
Depois, a parte do desenho, posso confessar-vos que foi trabalho de uma noite (eu sou assim, demoro, mas depois quando sei o que quero, consigo ser muito rápida).

Sobre o nome: as raparigas como nós começaram por ser uma ideia de um nome para uma marca de roupa (verdade!) depois sem eu dar por isso transformou-se num blog, depois numa marca e actualmente o nome já está entranhado de tal forma que sinceramente não quer dizer nada. Quis por isso registar o meu próprio nome, porque este blog é isso, sou eu a falar, a debitar palavras e imagens, nada mais, por isso o meu nome faz todo o sentido para mim, mas também não quis deitar fora as 'raparigas como nós' porque são muitos anos e lhes tenho muito carinho. Por isso se repararem, mantenho o nome aqui em cima e se pesquisarem na web por raparigas como nós vêm dar aqui na mesma, pois continuo proprietária de ambos os domínios e assim vai continuar.

De resto por aqui vai continuar tudo na mesma, sem temas ou direcções, apenas o que me apetece e quando me apetece, porque para mim um blog pessoal é isso mesmo. Espontâneo, simples, sem pretensões. Quem vem e gosta é porque se identifica, não porque espera a qualidade de um revista ou a actualização de um jornal. Nos blogs a identificação pessoal é tudo o que conta, por isso o meu grande conselho para toda a gente que me pergunta como ter sucesso com os seus blogs é sempre: sejam vocês mesmos!

Um bom dia pessoas!

mudei de página

23.9.13
mudadepagina_header
É isso mesmo...mudei! De página, de domínios, de nome, de imagem. Mudei tudo!
E não podia estar mais feliz!
Amanhã explico melhor as mudanças por aqui e por ali, mas para já convido-vos a irem visitar a minha nova página aqui ao lado: 'www.mudadepagina.com'. Digam olá, bom dia ou até logo e façam comigo um brinde aos novos começos ao som do vídeo que vos deixo por lá.

Até já!

em modo mudanças

21.9.13
em modo mudanças nos meus dois blogs. Vêem aí novidades:) É isso mesmo! Andamos em mudanças por aqui e no Quarto de Mudança. Parece mentira mas é verdade.
Vêm aí coisas boas e eu não podia estar mais feliz e ansiosa por partilhar tudo com vocês.
Não estranhem por isso os soluços nos próximos dias.
Bom fim de semana.

sim, eu tenho 60 anos

18.9.13
louceiro work in progress Nos intervalos da correria cibernética que preenche os meus dias, ando a tentar por ordem a algumas coisas cá em casa. Há já algum tempo que herdei este louceiro (lindo!) e ainda não tinha arrumado nada lá. Nunca há tempo para nada e deixo sempre para amanhã.

Por outro lado, andava a pensar como lhe dar uma utilização diferente daquela para o qual foi concebido, mas depois pus-me a olhar bem para ele e percebi que estava feito para receber louça, tem suportes para pratos, protecções nas prateleiras, enfim, é o que é e eu gosto dele assim. Porquê tentar mudar aquilo que está bem feito?
Então, resolvi por de lado os preconceitos e dar espaço ao meu universo mulher de 60 anos.
Fui buscar o serviço de louça (aquele de família para as festas importantes que nós nunca damos, sabem? Aquele?) e arrumei-o na parte de baixo com os belos dos paninhos de linho a proteger a prateleira e depois em cima comecei a organizar a enorme colecção que tenho de louça, desde chávenas de chá, a conjuntos de café. pratos, etc, que ou eram da minha mãe ou comprei algures nas feiras de velharias (menos este prato lindo do amor perfeito que comprei nos saldos da Zara Home e que gosto tanto dele que nem tenho coragem do o usar).
Acrescentei as barras de crochet amarelo e alguns naperons que andavam perdidos nos baús e tudo começa a fazer sentido, ainda me falta muito, mas estou a gostar, mesmo!

Muitas vezes desejo fugir para uma casa de paredes impecáveis e brancas, apenas com o essencial, sem nada destes 'tarecos', mas a verdade é que no fundo eu sou mesmo assim, a vida e as suas voltas fizeram-me assim, carrego comigo muitas memórias e imagens do passado, não sou saudosista, mas tenho necessidade de congelar algumas coisas, para que nem tudo se perca na rapidez dos dias.
Às vezes sinto-me uma senhora de 60 anos, rodeada dos seus livros, pratos e imagens, a tentar relembrar coisas que a memória já perdeu.

Mas tenho 35, decoro o meu louceiro com crochet e chávenas, ao mesmo tempo que uso umas nike cor-de-rosa, e trabalho com os olhos postos no futuro e nas novidades. São os sinais dos tempos, já nada é datado, já ninguém é apenas o que parece. A moda não nos amarra mais, somos hoje, mais do que nunca uma geração livre de sentir e misturar épocas e estilos sem muitas preocupações.
Seremos esteticamente mais livres? Gosto de pensar que sim!

o nosso trabalho vs o prazer dos outros

15.9.13
sometimes i forget i have all the luck in the world!
"What if surfing was your job? 
Same waves, different day. 
The risk of skin cancer. The falling. Sand in your socks. The people hassling you for your spot on the wave. The pressure to do more sets. The other guys at the beach who don't appreciate your style. The drudgery of doing it again tomorrow, when the weather sucks. And then every day, from now on, never ceasing. Where would you go on vacation? Your drudgery is another person's delight. It's only a job if you treat it that way. 

The privilege to do our work, to be in control of the promises we make and the things we build, is something worth cherishing."

Seth Godin

Todas as pessoas que trabalham algures nos campos de lazer e prazer dos outros são facilmente identificados como tendo trabalhos fantásticos.
As pessoas que trabalham na praia, os desportistas, quem faz boa comida, o trabalho da moda, etc, etc.
A verdade é que o trabalho é sempre trabalho e o que é um hobby para os outros muitas vezes é trabalho duro para quem os proporciona.
No meu caso, ao criar e desenvolver blogs para outras pessoas, sou muitas vezes associada ao prazer das páginas pessoais, as pessoas pensam que o meu trabalho é procrastinar na net. Mas está longe disso. Já não consigo olhar para um blog apenas pelo prazer de o ler, rapidamente o desconstruo a ele e a quem o escreve e já não consigo olhar para ele como uma fonte de prazer.

Trabalhar em casa e neste lugar lindo onde vivo é também um privilégio que facilmente se dissipa na loucura dos dias, na mistura do trabalho profissional com o da casa e a família, a falta de limites impede-me de identificar os momentos de prazer.
Não me estou a queixar, estou apenas a constatar.
A necessidade de mudança é uma constante para mim, e eu sei que mudar é urgente para mim neste momento. Parar e olhar para mim, para  o meu espaço, para o meu trabalho e o meu lazer, para refazer e reorganizar é essencial. Este é o momento. Para nunca esquecer que mudar é bom!

o que diz a tua casa?

11.9.13
HomeHomeHomeHomeIn love with a sofa!
Ontem recebi no correio o famoso catálogo do IKEA. Apesar de já o ter visto online, a versão papel é sempre muito mais interessante. Gosto de ver e admirar todas as suas soluções e novidades e gosto de saber que aquelas imagens são para todos, que não são imagens ou conceitos só para ver, podem ser realmente usados e implementados, dando espaço à imaginação e criatividade de cada um. Para mim esse é o sucesso do IKEA.

Para mim a casa é, muito mais do que a roupa ou qualquer outro bem material, aquilo que mais mostra de nós. O quê e como nos sentimos bem, diz muito sobre quem somos. Eu gosto de ver casas arrumadas e com pouca coisa, gosto, mas nunca o consigo ter, essa não sou eu. A minha casa tem cores e texturas e fotografias e quadros e discos e livros por todo o lado. É um bocado caótica e confusa como eu própria sou. Não sou a rainha da organização, mas consigo fazer algo em tempo recorde sob pressão e com ideias que nascem na minha cabeça à velocidade que as ervas daninhas crescem no jardim!

Nós somos o que somos e vivemos no espaço que criamos. Não vale muito a pena grandes esforços, porque o que lá está é o reflexo da nossa vida. É deixar estar e deixar crescer connosco e com a nossa família, devagar, bonito ou feio, não interessa, desde que seja nosso, o nosso espaço, a nossa cara.

E pronto, toda esta filosofia para rematar que aquele sofá verde do IKEA é a minha cara! Tem tudo a ver com o caos de cor e objectos que é a minha casa. Eu podia ter desenhado aquele sofá. O número 999 ficará presente na minha cabeça durante todo o Inverno. Provavelmente nunca consumarei o desejo, porque tenho outras prioridades onde gastar as 999 moedas de um euro, mas fica o desejo e a ideia, o toque do veludo e o verde, uma das minhas cores de eleição, que ia matar aqui na minha sala ao lado de amarelo e rosa e tantas outras cores, seria o caos, o louco e belo caos em que o meu cérebro gosta de viver!

Bom dia pessoas!

das coisas simples

5.9.13
Das coisas simples...

É simples.
Tens uma ideia.
Tudo muito simples, nada de complicações.
Mas então isso não é simples?

Pois, simples é a palavra mais complicada da vida, imagens simples são as mais difíceis de conseguir, relações simples, quase não há, casas simples não conheço, pessoas simples muito menos.

Todos somos intrincados, cheios de cores e feitios e personalidades, mas todos gostamos de ver a simplicidade que tantas voltas dá apenas para ser simples.

Ser simples é complicado.

Mas hoje depois de ideias muito complicadas está a nascer uma simples ideia.
Foi difícil mas nós chegamos lá.
Basta não desistir.
Simples, não?

achados de domingo

1.9.13
Achados de DomingoQuando os amigos também acham para nós. Viva os bons amigos:)Achados de DomingoAchados de DomingoAchados de DomingoAchados de DomingosAchados de Domingo

Vou assumir-me! Sou uma viciada. Ou melhor, vendo por outro prisma, sou uma profissional das velharias. Já não compro para colocar aqui ou acolá, compro por colecção, compro apenas porque é bonito e não os consigo deixar lá. Um dia a colecção vai ser tal que vou ter de começar a vender eu mesma!

Há alguns anos atrás quando eu achava que ter uma loja era 'the coolest thing ever', o meu sonho era ter uma loja de roupa e decoração 'vintage' (de coisas velhas portanto!). Hoje já não acho que ter uma loja é assim tão divertido, mas continuo a ver-me um dia atrás de um balcão e de uma bela porta de madeira rodeada por tesouros que só eu vou encontrar. Talvez mais tarde, muito mais tarde, sem qualquer objectivo financeiro isso possa vir a acontecer, não sei...já não penso nessas coisas. Já não sonho muito com ideias pré concebidas, vou vivendo e fazendo o presente.

A verdade é que já conheço e sou reconhecida por alguns vendedores e qualquer dia vou-me dedicar a saber quais são os sítios onde eles vão comprar os caixotes de velharias, e avanço para o segundo nível:D

Hoje foi muito engraçado ver o dono do lenço de Viana a tentar vender-mo em inglês! Eu fui deixando...até que falei em Português e ele lá baixou em quase cinco euros!

Todas as peças da fotografia são de valores entre os 1 e 2,5 euros com excepção do lenço.

Também a panela de esmalte foi um achado da minha melhor amiga que o trouxe para mim. É bom haver quem se lembre de nós no meio de coisas velhas, não é?

Bom Domingo pessoas!