Porque o que vem nos jornais e nas reportagens televisivas são as pessoas que vencem, que vivem e sobrevivem a este mal que mata mais de 20 mil pessoas por ano só em Portugal. Mas a grande maioria não são essas pessoas, são aquelas que morrem, que ficam anos a sofrer o fim dos seus dias, que sofrem várias reinvestidas de uma doença que acho que ainda ninguém consegue explicar, que vivem e sobrevivem os seus dias sem bocados de si, do seu corpo e da sua alma. É um cenário carregado de dor e sofrimento, sem laços e sem cores. É duro, como são estas imagens.
(*A frase anterior não faz parte do projecto, fui eu que a escrevi e se calhar não é uma boa mensagem para passar a quem me lê. Mas é a minha experiência. Derrotista, pois é. Por isso risquei. Viva os que vencem a luta.)
Claro que ter cancro de mama não é uma história cor de rosa! Eu sei-o na pele! Perdemos um bocado de nós, somos mutiladas, fisicamente e na nossa feminilidade! Mas as histórias das que passaram por essa experiência (não gosto da expressão sobreviventes)ajuda a interiorizarmos que pode não ser o fim e que existe esperança e que os milagres, aqueles que são feitos pelos médicos, pelas equipas de saúde , pelos familiares e pelos próprios existem de facto! É uma realidade muuuito dura e todos os testemunho são importantes, porque alertam para a prevenção, mas também para um olhar de esperança.
ResponderEliminarA minha mãe foi uma das que não ganhou a guerra...
ResponderEliminaruma tia minha tb não ganhou a guerra e partiu há muito pouco tempo. é uma dor estranha, uma doença tão comum e familiar aos nossos ouvidos, mas tão dura quando surge perto de nós. estas imagens fizeram lembrar mais uma vez disso e pensar que com tantas lamúrias que se ouvem diariamente, as maleitas de que tantas vezes nos queixamos não são nada perto do que estas mulheres (e tantas outras e outros) passaram e continuam a passar.
ResponderEliminarwow... é duro ver estas imagens
ResponderEliminarAcho esta frase que publicaram muito derrotista, não dá coragem nenhuma, nem esperança: "O cancro enquanto não mata leva pedaços de nós" :(
ResponderEliminar@ sofia: fui que a escrevi. a minha experiência com o cancro é essa, derrotas atrás de derrotas. mas se calhar devia ter-me abstraído disso...não é de facto uma boa mensagem para passar.
ResponderEliminarA eterna lógica de que dos fracos não reza a história.
ResponderEliminarHá mulheres que efectivamente pereceram perante o cancro. Não são menos mulheres por isso! Uns morrem e uns vivem... e ninguém é menos ou mais por isso!
Cada caso é um caso, cada um tem uma probabilidade de sobreviver...
A minha mãe lutou com todas a forças que tinha, e acreditou até ao fim que iria vencê-lo. Não o venceu!
Mas deixou-me o exemplo, a referência! Lá porque ela morreu de carcinoma da mama, não quer isso dizer que eu passe a acreditar que todas as mulheres morram, caso o cancro surja!
No entanto, acredito piamente no que escreveste e não acho que seja derrotista: enquanto não mata o cancro leva pedaços da pessoa e de quem a ama!
Acho que devemos ser realistas e não dourar a pílula!
Só consigo dizer que essas imagens não me sairão da cabeça durante muito tempo... e que estou com cada família que sofre este pesadelo.
ResponderEliminarOlá Sílvia, como estás?
ResponderEliminarFui dar com o teu blogue através de outro espaço que seguia. Estou a adorar.
Cada vez mais fico contente quando descubro espaços interessantes, que além de terem bastante qualidade visual, têm conteúdo.
Parabéns.
Beijinhos.
Vanessa.