Há uns dias tive um daqueles acidentes domésticos com a minha filha mais nova. Aqueles que toda gente fala e que todos achamos que sabemos resolver porque já vimos a técnica aqui e ali.
Um engasgamento.
Criança abre a boca sem som e começa a ficar roxa.
Criança continua roxa sem respirar.
Tentamos tudo.
Nada.
Desespero.
112
Criança não respira.
E após longos minutos de total agonia ela começa a chorar.
Não sei como nem porquê.
Toda a minha vida me passou pela cabeça em apenas alguns segundos.
E o pior sentimento passou também pelo meu coração...
Tudo acabou bem, mas depois na urgência rodeada de todos aqueles avisos sobre afogamentos, crianças que caem de varandas, atropelamentos, tudo e mais alguma coisa, penso que esta é a tarefa mais inglória que nos é dada: tentar proteger os nossos filhos. Será que conseguimos?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
ainda bem que tudo não passou de um susto :) beijo às duas
ResponderEliminarinfelizmente, não os conseguimos proteger de tudo... da chuva, do sol, das constipações e pequenas tristezas, acho que sim... mas dos perigos de viver, acho que não. resta-nos apenas estar sempre por perto, para curar as feridas e oferecer um colo quente.
ResponderEliminarque bom que o susto já passou...
Olá, Sílvia, bem, só de imaginar o susto... Quando o meu filho nasceu e eu lia os livros de pediatras, etc, pensava sempre: todos os pais deviam tirar um cursinho de primeiros socorros para bebés. A verdade é que já passaram dois anos e meio, não tirei nenhum cursinho, e vejo-me aflita se acontece alguma dessas. Mas quanto ás piscinas, lembro-me sempre de uma coisa que ouvi dizer a uma técnica de segurança infantil (e que se aplica às quedas em geral): a culpa é da cabeça! Nos primeiros anos de vida, as nossas cabeças são completamente desproporcionais aos nossos corpos, tornando-se particularmente pesadas. Daí que os miúdos, quando se inclinam sobre algo, tenham muita dificuldade em equilibrar-se e caiam.
ResponderEliminarAgora vou ali ler o que o Mário Cordeiro diz sobre engasgamentos e stressar um bocadinho...
Beijinhos (e que os sustos fiquem por aqui)
felizmente conseguiram superar esse susto, é sempre um stress danado, mas nesses casos é virá-la ao contrário e dar umas palmadas nas costas :S
ResponderEliminare à noite, quando num intervalo de insónia, nos pomos a imaginar esses e outros tipos de sustos. até salto :(
Ai Sílvia, que susto! Ainda bem que ficou tudo bem, nem imagino a vossa aflição. Acho que a pergunta que colocas no final é talvez o pior medo de qq pai/mãe. Há 3 semanas atras os meus queridos tios perderam o filho mais velho, de 37 anos num acidente de moto. (deixou um filha de 6) O sofrimento deles é imenso, imenso. Acho que nunca mais vão voltar a ser os mesmos. Imagino que essa seja a maior preocupação da vida, depois de se ter um filho. Mas infelizmente não somos super-homens nem super-mulheres para os conseguirmos proteger de tudo.
ResponderEliminarUm curso de primeiros socorros, acho que deveria ser obrigatório para todos os cidadãos - há vidas que se salvam com pequenos gestos.
Fiquem bem! e boas férias!
Que susto, até fiquei angustiada.
ResponderEliminarmeu deus até fiquei arrepiada. aminha filha uma vez engasgou-se com uma salsicha, ficou entalada na garganta e não ia pra baixo e não saía. que aflição! não chegou a ficar roxa nem precisamos de ir ao hospital, mas é cá uma aflição.
ResponderEliminarSílvia, cm eu te entendo. Guardo na memória um episódio triste e muito semelhante ao que viveste tinha a M apenas 5 dias de vida. Ainda na maternidade engasgou-se com o "colostro" e precisou de intervenção de enfermeiras especialistas em neonatologia... grande surra levou a minha pequenina mesmo diante dos olhos dos seus pais, ao 3º dia de vida. Eu, comovida, no final, desatei num choro inconsolável. Depois tentaram acalmar-me dizendo que temos que ter forças para reagir, q um dia com uma bolacha, um pedaço de pão... enfim, as responsabilidades inerentes a esta vida de mamã. Ao 5º dia de vida da M, já em casa a situação repete-se e eu quando relembro ainda angustio. Não atinei sequer para marcar o 112. Chorava chorava chorava e tentava seguir os procedimentos das enfermeiras. Foi o pai, que embora à distância (estava a trabalhar) conseguir acionar os meios necessários (INEM e companhia Lda). Foram impecáveis, quer na rapidez quer na forma de atuação. Basicamente recomendaram calma à mãe e da observação que fizeram à bebé referiram que se encontrava bem. Tarefa inglória esta de proteger os nossos filhos. É um medo constante...
ResponderEliminar