planear ou não planear, eis a questão

25.6.12
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Há uns tempos atrás li um artigo, que agora não consigo encontrar para vos mostrar, que contrariava a teoria de muitos livros e 'gurus' actuais, de que devemos definir objectivos, traçar metas, construir estratégias para chegarmos onde queremos e para, sermos felizes. O autor dizia então, que era muito mais importante o estar disponível, atento e aberto ao que o mundo e a vida nos trazia, do que estarmos focados no nosso 'caminho' e nas formas de lá chegar.

Eu compreendo a ideia dos planos e de seguir um caminho, apenas não funciona comigo. Aquilo que eu achava que seria bom há 5 anos atrás não é nada daquilo que eu acho hoje. E geralmente sempre que faço algo que imaginava como sendo muito bom, acabo por me desiludir. Pelo contrário, geralmente são as coisas relativamente às quais crio menos expectativas, aquelas que crescem e acabam por me surpreender.

Andei a fazer planos...mas acho que prefiro voltar à estaca zero.
Chegou o sol e o calor e em breve vou para o sítio onde gosto de estar. Aproveitar tudo aquilo que não planeei na minha vida, mas que tenho e que, em jeito de conclusão, me trouxe ao melhor lugar onde já poderia ter planeado estar. Aqui!

anormal

21.6.12
Anormal por aqui é um post sem imagens.
Mas ando raivosa, desorientada e às 'aranhas' da vida. E quando ando assim só me apetece escrever posts raivosos. Não que eu não goste de posts raivosos, porque adoro ler alguns, apenas não os sei escrever decentemente, por isso opto por estar calada.
E não, a minha vida não me corre nada mal, até corre muito bem, obrigada, mas estou assim perdida na imensidão do meu cérebro e das coisas que por lá passam e não tenho nada de construtivo para dizer.

Entretanto deixo-vos aqui alguns textos de outras pessoas que escrevem bem melhor do que eu:

- Joana Barrios no Trashédia: gostava de escrever uma carta assim a todas as pessoas que usam o FB para mal dizer e humilhar os outros. Ou aos 'ratos' silenciosos que não têm palavras e acções próprias, mas que se dedicam a seguir os outros para depois mal dizer de tudo o que fazem. Adoro o blog da Joana, é como um chuveiro fresco na água morna que se escreve em português!
- Um grande e verdadeiro post sobre estas 'tretas' da maternidade.
- O que não nos devemos nunca esquecer!

Mas anormal, anormal, é eu não fazer a menor ideia de contra quem Portugal está a jogar e ter começado a torcer contra a selecção nacional desde que percebi que a existência ou não de final pode afectar o início das minhas férias longe daqui.

Mais anormal ainda é eu ter escrito este post num blog que não é meu dado a quantidade de blogs que tenho em gestão no blogger...ups!

para o bailarino que há em ti

9.6.12

 
Esta deve ser a música com mais covers em tão pouco tempo nos últimos anos! Ufa! Está em todo o lado. Bem, goste-se ou não da música, para quem goste de dar uns passos de dança esta coreografia dá mesmo vontade de começar a treinar. Mas requer companhia, pois claro!
Cool:)

(via rockstar diaries)

♥♥♥

7.6.12







Não tenho por hábito comprar um biquini todos os anos, porque vou muito pouco à praia, de forma que os meus biquinis vão sobrevivendo de ano para ano (nem vos digo a idade de alguns deles!). Mas esta colecção da Benetton apanhou-me pela certa! Tem tudo o que eu gosto, cor, mistura de partes diferentes (gosto de usar partes de cima diferentes das de baixo, não sei porquê) e uns belos lenços para fazer de turbantes.
E finalmente, parece-me ser a única loja que decidiu não se deixar levar naquele mar de cores pastel, rendas e pseudo vestidos de casamento que anda a povoar tudo o resto e me deixa enjoada:D

E agora ao ver isto lembro-me aqui dos meus projectos na gaveta. Os turbantes que tanto queria ter feito para o Verão. A minha loja, coitadinha tão abandonada que anda. Mas a verdade é que o Quarto de Mudança está a andar a toda a velocidade e mais uma ou outra coisa extra que se vai arranjando por fora, ocupam todo o meu tempo, não deixando espaço para o resto. Mas começo a aprender a concentrar-me um pouco mais. É isso que está a funcionar agora e é isso que quero fazer. Quero me dedicar sem tentar fazer tudo ao mesmo tempo. Sem remorços, sem constrangimentos, ou sensações de falha. As ideias, essas são minhas e ficam aqui na minha cabeça até quando me apetecer. Entretanto há que dar gás no resto, porque o trabalho é mesmo assim, tem de ser agarrado quando aparece!

o passado presente

6.6.12
grandma love comes in colors
 
Quando visito a casa da minha avó venho recheada de amor em forma de flores, legumes, ovos e outras coisas bonitas, saborosas e boas. A minha avó já tem 85 anos e mantém a sua casa e terreno com todo o tipo de géneros alimentícios desde os legumes aos animais. Na casa dela sempre assisti a uma vida que se fazia quase ausente de dinheiro e compras de coisas. Tudo, ou quase tudo que se comia era plantado e criado, o que se vestia era feito e o resto...bem, não havia muito resto, porque a vida era assim mesmo, acordar, trabalhar na terra e com os animais, cozinhar, criar, dormir. Não havia ambição de mais, mas também não havia a preocupação com o menos.

E esta realidade ainda existe, está lá, para mim é uma coisa normal. E com esta realidade vêm muitas outras coisas que hoje são denominadas de tradicional, típico, modo de vida português, que de repente dá a sensação que está escondido em aldeias remotas de Portugal, mas não está, está em quase todo o lado que não seja Lisboa e Porto, mas como parece que Portugal existe apenas nestes sítios, tudo o resto se torna paisagem.

Está na moda este ser Português gourmet. O tradicional está na moda. Os produtos característicos portugueses estão na moda. Parece-me uma boa moda, sem dúvida, só que às vezes dá a sensação que se transforma algo tão normal e nosso num objecto de culto que adquirimos para relembrar uma vida fora do nosso alcance. E isso não é verdade. Esta vida é nossa, as galinhas de louça e os ditados portugueses em azulejo ainda estão nas nossas casas. O crochet povoa muita habitação portuguesa e o galo de Barcelos não é um elemento estranho para quase ninguém.
Parece que de vez em quando há uma meia dúzia de iluminados que decide intelectualizar coisas e hábitos nossos como sendo uma 'tradição' e de repente, aquilo que nos era normal e próximo torna-se objecto de estudo e de museu e de umas quantas recriações artísticas. Eu acho que pessoas como as minhas avós haviam de se rir muito de muita coisa que por aí anda. É que Portugal não é esse dos livros e das tradições, Portugal é a terra que fica a escassos Km da cidade, que não tem uma traça arquitectónica marcante, que tem um Pingo Doce mesmo ao lado e na qual a maioria das pessoas nunca pôs os pés numa Zara nem faz a menor ideia ao que sabem as comidas pré cozinhadas.

A tradição ainda é o que é.