olá a todos!
eu sou a simone.
nasci no passado dia 23 de março, bem cedinho pela manhã numa hora pequena como todos me diziam para nascer.
dei cartas no parto e despachei-me bem lá no hospital e por isso estou em casa com os meus pais e a minha irmã a descobrir um novo mundo.
tenho uns olhos de origem oriental e duas covinhas na cara quando esboço sorrisos de satisfação (depois de comer, claro!). diz-se por aqui, que sou parecida com a minha mãe, mas eu ainda não sei, porque não consigo ver bem para já:D
sei que todos torceram por mim e deixaram mensagens simpáticas no blog e no facebook e por isso fico muito contente e agradeço a todos o carinho.
a minha mãe tem tido o "cabo" desligado, porque não lhe dou muitas tréguas, entre comida, banho e "idas à casa de banho", mais brincadeiras com a minha irmã, jantares e arrumações, sobram-lhe umas 4 horas de sono por dia...
mas em breve estaremos todos de volta.
estamos felizes:)
beijos e abraços para todos e muita paz e amor com esta bela música que a minha mãe gosta de por a tocar no computador:
fazendo bem as contas, já cá ando, por estes lados virtuais, há uns bons anos.
nunca como agora tive tanta necessidade de procurar novos blogs, sites de tendências, informação, lojas, etc. pela natureza dos meus projectos como é claro, mas também pelo marasmo instalado na blogosfera.
já aqui falei no efeito facebook nos blogs, o que levou muita gente a desistir ou utilizar os seus "conteúdos" em posts instantâneos em vez de os desenvolver um pouco e falar qualquer coisa um pouco mais pessoal sobre eles.
o mundo da blogosfera americana é uma outra realidade, muito mais profissional, mas também muito mais standardizada. serve um determinado propósito, sem dúvida, mas não me consigo ligar emocionalmente a blogs demasiado profissionais, estruturados, com temas recorrentes no mesmo dia da semana e com o típico "bom fim de semana" na sexta-feira, porque como em qualquer trabalho, também aqui estes bloggers não trabalham ao fim de semana.
acabo por me ligar mais às pessoas que os blogs transmitem do que propriamente aos seus conteúdos. mas depois lá está, blogs sem posts frequentes morrem rápido na memória da internet.
por isso peço-vos aqui uma injecção de opiniões:
- quais são os vossos blogs favoritos?
- contactos favoritos no flickr?
- qual a vossa última grande descoberta na internet?
- jornais e revistas online
- lojas favoritas
- bloggers divertidos
- ou o que vocês acharem digno de partilhar comigo e com outros leitores que me visitem...
a super lua veio e foi e pelos vistos nem é na lua cheia que nascem os bebés, mas sim na lua nova (tótó!!!), e eu cá continuo sem nada, nadinha de nada.
no supermercado, na loja, na bomba de gasolina, já todos me conhecem...como aquela que "ainda não teve o bebé"
perguntas como:
"então?"
"não quer sair?"
"ainda por cá anda"
"dentro da barriga é que se está bem"
"mas já não passou o prazo?"
são o pão nosso de cada dia para mim agora.
começo a sentir-me um alien...
na primeira gravidez fui surpreendida por um parto prematuro e com tudo aquilo que eu não esperava...não foi bom, é um facto.
para este já preparei e pensei em tudo e sinceramente agora a minha cabeça está vazia...
o arrumado já está desarrumado, as malas feitas há tempo demais, o saco das coisas pessoais pousado no mesmo sítio já com pó, até o censos cá deixou um impresso para a criança que ia chegar e afinal ainda não chegou:D
eu já não penso em nada, nem em parto, nem em trabalho, nem em coisas que tenho para fazer mas já não consigo, nada.
espero por ela....apenas...
(inspira, expira, inspira, expira)
sei bem que sou suspeita para abordar este assunto, mas de facto, para mim, comprar na internet é algo que se está a tornar cada vez mais normal.
pois é, o famoso casaco deste post já chegou, e apesar de ter tido de o desalfandegar (o que nem sempre acontece), a verdade é que é tudo o que eu imaginava e serve-me na perfeição, apesar da barriga ainda não deixar perceber como vai ficar na frente.
e ultimamente tem sido assim. não tenho muitas vezes condições para ir dar passeios e fazer compras nas minhas lojas preferidas de rua e os shoppings são cada vez mais uma alternativa de última hora quando é mesmo necessário. porque as boas compras, essas faço-as online, muitas vezes de coisas que namoro tempos infinitos e que depois acabo por encontrar com super descontos e comprar mesmo fora de época porque valem a pena.
já comprei clogs na sweddish hasbeens (com super descontos!), vestidos vintage no piquenique das bonecas, casacos na danafae (também com super descontos!), livros na casa ruim, várias coisas no etsy, etc. e até hoje, posso afirmar convictamente que não me arrependi de uma só compra. primeiro porque a compra online não é impulsiva como a compra na loja, pois visito várias vezes as lojas antes de efectuar as compras e muitas vezes falo primeiro com pessoas reais que estão do outro lado e que me ajudam nas dúvidas que posso ter (geralmente o atendimento ao cliente é sempre muito bom!), depois porque tenho tempo para pensar sem pressões porque sei que no dia seguinte posso lá voltar em apenas uns minutos e por isso não tenho motivos para fazer a compra no momento.
noto que a maioria das pessoas que conheço ainda não tem este tipo de experiências, não conhece o paypal nem o mbnet e ainda tem muito receio de comprar "sem ver, tocar e experimentar". claro que na roupa esta questão é muito mais importante do que nos livros ou nos objectos, mas ainda assim, consigo olhar para uma peça de roupa e saber, à partida, sem a experimentar, se me fica bem ou não, porque conheço, melhor do que ninguém o meu corpo e as minhas medidas e os cortes que me assentam melhor. para além disso, as políticas de devolução nestas lojas são geralmente muito boas (não gosta, devolve) e, apesar de não parecer, o dinheiro gasto em portes comparado com a gasolina, parques de estacionamento e outras coisas, acaba por ser irrisório.
e, para rematar, a verdade é que, não sei porquê, me dá uma certa adrenalina:D
39 semanas.
nada.
colo fechado.
dilatação zero.
coluna à direita.
a partir de agora aceitam-se sugestões e "opinações": mezinhas, crenças populares, comidas picantes, promessas aos santos, o que for...
sobre os 3 H's já sei (hot bath, hot sex, hot food), e as caminhadas já começaram...
anyone?
há vários dias que leio e ouço dezenas e dezenas de comentários, posts, entrevistas, conversas sobre este acontecimento social a que deram o nome de "geração à rasca".
ora, enquanto eu estou em literal explosão física e com todas as minhas hormonas a saltar, não consigo muito bem organizar as ideias e oscilo entre a raiva em ebulição e a passividade de quem precisa de uma boa noite de sono. como essa noite já não vai ser hoje, nada melhor do que um espaço na internet aqui mesmo à espera de ser usado para dar asas a pensamentos cada vez menos organizados.
não compreendo como é que é possível que, após a mobilização de milhares de pessoas em todo o país, ainda haja gente que se concentra e preocupa apenas com a questão musical daquilo a que chamam movimento. é que já ouvi mais debates e comentários sobre a capacidade do gel em ser um líder, ou a intenção dos deolinda ao usar a palavra parvos, ou sobre um festival da canção que está há décadas adormecido do que sobre o que significa o facto de tanta gente, chamada de passiva pela história recente, levantar-se do sofá e trocar os seus comandos e telemóveis por uma simples e clara folha de papel e vir para a rua falar do que lhe vai na alma.
eu não quero com isto retirar o mérito que é devido às canções, porque foram elas e os artistas que as criaram, que ao longo de décadas inspiraram as pessoas a pensar e tantas vezes a agir. ora, o gel e o falâncio, os deolindas e os zecas afonsos, são isso mesmo...artistas! pessoas que, goste-se ou não, têm o dom de com o seu som e as suas palavras arrepiar a pele de quem os ouve, fazer rir de imagens que muitas vezes são as nossas, e juntar multidões que ao som dos seus acordes ganham um ritmo no passo e no coração. isso, para mim, é impagável.
mudam as políticas? resolvem as situações? procuram as soluções? não...mas fazem-nos tantas e tantas vezes pensar, no carro, na rua, no meio da multidão, e encontrar aquele resto de coragem que nos faz ir e fazer o que temos de fazer.
sobre o resto, que neste caso é de facto o cerne da questão, eu posso dizer que sou da geração a que chamaram de rasca, mas não estou à rasca, porque até hoje me tenho desenrascado.
o mundo mudou e aquilo que as pessoas tomavam como certo já não é mais. é difícil de um momento para o outro perceber que tudo aquilo de que nos falaram enquanto crescemos de facto já não existe para nós. isso pode ser um problema, mas também a maior das oportunidades que podemos ter para refazer o que já todos percebemos que está podre, que é este estado social da treta e um governo desgovernado.
se duas músicas podem agitar pensamentos, mobilizar pessoas, incitar à discussão e ao descontentamento aberto e assumido, então venham mais cinco, dez ou vinte.
o que eu acho que todos temos de perceber e ultrapassar é esta questão dos canudos e daquilo a que nos dão acesso. não digo que quem estuda para ter uma determinada profissão não deve aspirar a tê-la, não é isso. mas a ideia de que o estatuto faz o profissional é que está completamente errada.
cada um opta por fazer o percurso académico que mais lhe convém, ou que mais gosta, mas tem de saber por e para onde vai e assumir esse risco na sua vida. não estou de modo nenhum a defender a ideia da geração dos cinquentas anos que usam os argumentos gastos e infundados de que trabalho há muito e as pessoas não querem é fazer nada. acho que todos temos direito de procurar na nossa vida o que nos faz felizes e nos traz auto reconhecimento, seja isso ser electricista, condutor, engenheiro ou médico, não cabe a ninguém julgar o que os outros aspiram para si mesmos.
se por um lado as oportunidades de trabalho por cá estão cada vez mais escassas, ainda bem que as fronteiras estão mais abertas, que a nossa geração, mais do que qualquer outra tem a facilidade da mobilidade seja ela física ou virtual através da internet e outros meios de comunicação. hoje, mais do que nunca, temos acesso ao mundo e o mundo pode nos ver a nós. para mim, isso é precioso. se calhar, quando tiver 65 anos não vou ter uma vida descansada, mas se o meu percurso até lá chegar for feito de algo que me deu gozo construir e me fez feliz, isso vale mais do que qualquer vida atrás de uma secretária, ou na frente de uma sala de aula, a desejar todos os minutos do meu dia que tudo acabe.
sobre as várias questões políticas e sociais que esta conversa suscita não vou sequer falar, porque são demasiadas bolas para se manter no ar numa só conversa e continuar a fazer algum sentido.
eu, estou orgulhosa de todas as pessoas que saíram à rua e fizeram ecoar a sua voz, estou orgulhosa das letras e sons de músicos que conseguem arrepiar almas e mexer com as mentalidades, estou farta da hipocrisia de alguns pseudo-intelectuais que povoam a televisão e a internet e que gostam de chamar a si uma realidade que nunca experimentaram.
esta é uma loja, no mínimo, surpreendente!
chama-se lodekka e pertence a uma corajosa rapariga chamada erin. a história dela e do seu autocarro merece ser lida, pois é tão próxima da situação de tantas pessoas hoje em dia: a passagem de uma vida das nove às cinco, para uma situação de desemprego e posteriormente para uma oportunidade e teste à sua capacidade criativa e ao que, de forma completamente descomprometida e sem nada a perder, gostariam realmente de fazer com o seu tempo. isso e todas as dificuldades que daí advém, uma vez que este "acto de fazer loucuras" com a sua vida profissional e pessoal não é para qualquer um. aliás, é para muito pouca gente, uma vez que o risco e a falta de "companhia" quando não se anda "no carreiro" podem ser situações bem difíceis de gerir. o mais comum e provável de acontecer, é que a maioria das pessoas nunca o chega a fazer (fala mas não faz) e os que fazem facilmente desistem, pois nem tudo são rosas, e de uma aventura com banda sonora de filme para uma trabalheira na vida real que quase ninguém reconhece, vai um loooonnnnngoooo caminho:D
bem, comentários pessoais à parte, a mim esta ideia seduziu-me particularmente. primeiro por ser uma loja vintage, que tanto aprecio, depois porque contornou um dos grandes problemas de quem quer ter uma porta aberta (rendas!) e depois porque consegue estar nos melhores locais nas melhores alturas, uma vez que é móvel...por fim, quando não der para sair de casa, pode sempre ficar à porta e estar de qualquer maneira aberta!
resta-me agora desejar muito boa sorte à erin e à sua lodekka, que bem o merecem!
a manta está acabada
a criança crescida
a barriga esticada
os livros estão lidos
a ginástica feita
as expectativas delineadas
a respiração pronta
agora vamos lá para a rua, que a vida começa é aqui:D
de vida
de mãe
de família
de um novo começo
de uma nova perspectiva
de um bebé que se transformou numa menina que gosta que a definam como rapariga
de um lugar comum: como é que tudo passa tão depressa?
3 anos de um amor maior do que a vida
as últimas novidades na loja de estar são floridas!
um pequeno conjunto de carteiras para marcar o início de uma nova estação e um refrescar da nossa linda loja.
e dou por mim a pensar novamente no espaço físico que não temos: na música, no sol, nas pessoas, no cheiro e em tudo aquilo que poderia ter e que o mundo virtual nunca há-de conseguir...ou não, é tudo uma questão de perspectiva.