esta semana ficou finalmente resolvida a dúvida que pairava cá por casa há vários meses, sobre qual seria a próxima escola que a nossa filha mais velha iria frequentar. estamos a falar de uma criança de 3 anos, o que à partida poderia parecer simples, mas não foi, é complicado, muito...
em primeiro lugar porque está tudo tão diferente do tempo em que nós andamos no infantário e na primária, a começar pelo tipo de escolas que o mercado público e privado oferecem, a acabar pelo tipo de pessoas e projectos educativos que se encontram. para quem, como eu, viveu numa terra pequena, a escolha da escola não era um problema...vais para perto de casa, ou de alguém que te possa ir buscar no fim das aulas. e estava feita a escolha.
agora nada é mais assim. o ensino público não tem uma grande oferta em termos de pré-escola e os horários, pela sua limitação, fazem com que se tenha de recorrer a outro tipo de serviços associados. o semi-privado, para quem não tem escalão, assemelha-se em termos económicos a um privado, o que é surreal, dadas as fracas condições que algumas escolas apresentam. o privado...bem, o privado é um mundo à parte, no qual eu nunca tinha entrado, confesso. surpreendeu-me, tanto pela positiva como pela negativa.
eu não estava minimamente preparada para, com uma filha de menos 3 anos de idade, me deparar com conceitos como MEM (movimento da escola moderna), método global de ensino, projectos educativos, filosofia para crianças, etc, etc, etc...
e entre as escolas que têm portáteis para meninos de 3 anos e aquelas em que a directora fala com os pais de óculos de sol na cabeça e a mastigar chiclete, a odisseia foi grande e nem sempre divertida. no fim, a conclusão que se tira é que o importante são mesmo as pessoas, independentemente do tamanho do jardim e dos brinquedos disponíveis, só queremos entregar os nossos filhos a pessoas em quem confiamos e respeitamos.
a escolha ficou-se por uma solução intermédia em termos de preço e uma escola que alguns poderão classificar como "alternativa", mas em que ainda há terra no recreio, giz para riscar no chão e as crianças ainda jogam futebol e saltam à corda. resultados? não sei, nem estou preparada para pensar neles. só quero que ela se sinta feliz:)