o mundo lá fora | the world outside

7.12.09

chuva, originally uploaded by silvia - raparigascomonos.

- please scroll down for english -

não sou uma pessoa extremista, de todo...não sou.
hoje estive a ver o filme (um pequeno excerto, diga-se) 'the 11 th hour', sobre o planeta e as alterações climáticas e tudo o mais que daí possa decorrer.
não achei o filme nada de extraordinário, mas aquilo que mais gostei foi do facto de ter várias declarações de peritos em diferentes áreas, e com opiniões diversas sobre o que "realmente interessa". gostei e partilhei da opinião de que o mundo não precisa que a humanidade volte às suas ditas "raízes", nem que deixe de fazer aquilo que já aprendeu a fazer, mas sim, que utilize toda a tecnologia e ciência para um desenvolvimento sustentável pensado e sentido por todos.
não acredito nessas "ondas" que pairam por aí, de que devemos isolar-nos num monte alentejano, sem água e sem luz, a comer raízes e o que a terra nos dá, para nos salvarmos, a nós e ao planeta da destruição massiva. os humanos não são o "monstro" tecnológico que chegou para destruir o mundo com as suas invenções e cidades. somos também animais, e o resultado da nossa existência faz, de certa maneira, parte da natureza.
o que eu acho que nos falta, a todos como indivíduos e como uma comunidade, é conseguir ver para além da nossa esfera, ou seja ver a "big picture". como um dos comentadores dizia, conseguir desligar o relógio que nos comanda nas acções mecanizadas de todos os dias e descobrir o que nos faz realmente sentir bem e felizes, dar mais de nós ao que e a quem amamos e reduzir aquela sensação de correr para ganhar e para ter...ter aquilo que não nos faz falta. é que para alimentar aquilo que não nos faz falta, produzimos e produzimos e depois, lá está, consumimos. o maior problema, é que neste ponto, a maioria de nós não sabe aquilo que lhe faz realmente falta, pois não?

a propósito disto, e já não tendo nada a ver com o assunto inicial, segue um link para uma entrevista com leo babauta, sobre ser minimalista, vale a pena ler...

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I'm not an extreme person, at all ... I'm not.
Today I was watching the movie (a snippet, say) 'the 11 th hour' on the planet and climate change and everything else that may arise.
I did not find the film anything extraordinary, but what I liked the most was the statements made by experts in different areas about what "really matters". I shared the view that the world does not need humanity back to their so-called "roots" or to stop doing what he has learned to do, but, using all the technology and science for sustainable development thought and shared by all.
I do not believe these "waves" that hang out there, that we should isolate ourselves in an Alentejo hill, with no water and no light, eating roots and whatever the earth gives us, to save ourselves and the planet of mass destruction. humans are not the technological "monster" that has come to destroy the world with their inventions and cities. we are also animals, and the result of our existence is in some way, part of nature.
I think that what we lack, as individuals and as a community, is to see beyond our sphere, ie seeing the "big picture". as one of the experts said, being able to turn off the clock that drives our mechanical actions every day and find out what really makes us feel good and happy, give more of ourselves to what and whom we love and reduce the sensation of running to win and have... those things we don’t need. to feed what you don’t need, you produce and produce and then, get to the point of mass consume. the biggest problem is that at this point, most of us do not know what their needs really are, do we?

concerning this, and I warn you it has nothing to do with the initial subject, here is a link to an interview with leo babauta on being minimalist, is worth reading ...

4 comentários:

  1. ...uma curta mas pertinente animação a propósito de tudo isto: http://www.rebel-with-a-cause.de/movie/
    ;)

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  2. ...uma curta mas pertinente animação a propósito de tudo isto: http://www.rebel-with-a-cause.de/movie/
    ;)

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  3. Também vi esse documentário e a minha primeira impressão foi "mais um documentário sobre o ambiente" mas deixei estar a tv ligada eqto fazia outras coisas e acabei por ficar agradada, pois apesar da sua essência ainda muito comercial, acabou por apontar de uma forma simplificada as verdadeiras questões.

    Concordo contigo em que já não sabemos o que queremos. Isso acontece porque nascemos e fomos moldados à sociedade de consumo onde nos incutiram o que o "ser" é = ao "ter".

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