eu nasci numa terra de praia, cresci noutra também na praia e agora vivo numa outra praia....
está visto, eu sou um ser da costa.
apesar de os sítios onde cresci e onde vivo agora serem terriolas pequenas, estou muito perto do Porto e por isso também de alguma forma vivo um pouco (mas muito pouco) da cidade.
as experiências mais intensas que tive no espaço urbano foram na faculdade e num pequeno período em Inglaterra, na cidade de Bristol.
isto tudo para falar da sensação estranha que tive ontem quando fui com a minha filha para o centro da cidade ao hospital. estive mais de uma hora, com um calor de arrasar, a fazer tempo para a consulta e por isso a deambular pelas ruas.
o trânsito estava intenso, quase 30ºC, o metro, os autocarros e centenas e centenas de pessoas pela avenida acima e abaixo cheias de pressa para os seus destinos.
posso dizer que a minha filha estava "histérica", pois nunca se havia cruzado, durante tanto tempo, com tal aglomerado de gente. ria-se e dizia olá repetidamente a todas as pessoas que passavam por ela.
eu, por minha vez lembrei-me de alguns princípios que já não me ocorriam há algum tempo:
- não levar connosco tralha desnecessária
- andar de saco a tiracolo
- calçar sapatilhas
- ter água na carteira
- se está sol, levar pouca roupa e menos acessórios
também percebi certas "urbanidades" que ainda não tinha reparado relativamente às pessoas mais jovens:
- os miúdos da escola "param" todos nos centros comerciais....está visto...que trauma!
- assisti a uma discussão em grupo de várias raparigas com um rapaz, em que uma delas lhe perguntava em "tom inquisidor", "mas porque é que tu não queres nada comigo?"...
- as raparigas da escola pintam as unhas das mãos e dos pés e fazem risco nos olhos;
- ter de "apanhar" o autocarro é uma grande seca
enfim...depois de mais umas horas de luta no médico lá voltamos para casa.
aqui o cheiro e o ar fresco do mar aliviam a tensão, os miúdos da escola não têm um centro comercial à mão, por isso ficam aos beijos no muro em frente a minha casa.
por aqui as coisas são mais parecidas com o que eu me lembro...ainda bem:)
que sorte morar na praia, não?
da praia, da cidade ou do campo???
28.5.09
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Olá Sílvia
ResponderEliminarA mochila é óptima e comprámos no Decathlon. a marca é da Deuter - Kid confort 2. Eles adoram andar lá empoleirados ;-)
Boa sorte
Eu costumava ir à tua outra praia...
ResponderEliminarEu sempre da cidade mas a certa altura da minha vida senti que já não aguentava mais a cidade e mudei-me para os subúrbios.
ResponderEliminarAqui também há praia por perto, menos confusão, menos centro comerciais, menos calor, um pouco de natureza com direito a pássaros, rãs e gafanhotos mas todo o comodismo que uma cidade pode oferecer em serviços.
Senti exactamente o mesmo que sentiste quando ia à cidade para a consulta dela no hospital. E senti-o mais por ela, por vê-la assim, também meia histérica.
Agora quando vou à cidade também reparo muito nos jovens talvez para tentar antecipar o futuro que lhe espera.
Isto tudo porque hoje fui à cidade.
Também às vezes penso preferir o campo do que a cidade, se bem que em Portugal temos a sorte de estar perto da costa e de poder ver o mar quando queremos.
ResponderEliminarEu vivo em Lisboa, mas em meia hora estou em frente ao mar com uma sensação de férias (tal como aconteceu este fim-de-semana).