quando parto de viagem, há duas coisas que se repetem ao longo dos anos: a vontade de partir e a certeza de que o que mais vou desejar é voltar...
uma rapariga em viagem
28.3.06
quando parto de viagem, há duas coisas que se repetem ao longo dos anos: a vontade de partir e a certeza de que o que mais vou desejar é voltar...
amor de rapariga
7.3.06
"As raparigas amam muito.
Riem atrás das mãos uma manhã inteira para esconder o vermelho dos beijos que alguém lhes roubou e um nome que vão deixar escapar entre as primeiras palavras que disserem.
Vestem do avesso os aventais de chita e fazem o leite sobrar do fervedor e o caldo ser mais salgado do que o mar.
Mas é bonito vê-las caminhar descalças ao longo do corredor, como se pedissem um par para dançar.
As raparigas amam tanto.
Sentam-se em rodas de segredos uma tarde inteira e esquecem no tanque os colarinhos sujos das camisas, e os cueiros, e uma barra de sabão a derreter-se como o seu coração.
Mas é bonito vê-las beijar a boca ao espelho no quarto das traseiras e também a outra boca no retrato que a seguir escondem amordaçado na algibeira, não lhes cobice alguém o que não tem.
As raparigas amam de mais.
Deixam-se ficar sem dizer nada uma noite inteira, bordando no linho dos enxovais letras secretas ao calor do fogão. E picam os dedos distraídos nas agulhas que usaram para descobrir o sexo de cada filho que terão num jogo que jogaramentre elas à tardinha.
Mas é bonito vê-las ao serão, quando o vento as chama atrevido da cozinha e dão um pulo seco na cadeira, e largam o bordado e a lareira, e correm até à porta a colher beijos que lhes deixam risos nos lábios tão vermelhos como as mais doces cerejas deste verão. "
Maria do Rosário Pedreira
Riem atrás das mãos uma manhã inteira para esconder o vermelho dos beijos que alguém lhes roubou e um nome que vão deixar escapar entre as primeiras palavras que disserem.
Vestem do avesso os aventais de chita e fazem o leite sobrar do fervedor e o caldo ser mais salgado do que o mar.
Mas é bonito vê-las caminhar descalças ao longo do corredor, como se pedissem um par para dançar.
As raparigas amam tanto.
Sentam-se em rodas de segredos uma tarde inteira e esquecem no tanque os colarinhos sujos das camisas, e os cueiros, e uma barra de sabão a derreter-se como o seu coração.
Mas é bonito vê-las beijar a boca ao espelho no quarto das traseiras e também a outra boca no retrato que a seguir escondem amordaçado na algibeira, não lhes cobice alguém o que não tem.
As raparigas amam de mais.
Deixam-se ficar sem dizer nada uma noite inteira, bordando no linho dos enxovais letras secretas ao calor do fogão. E picam os dedos distraídos nas agulhas que usaram para descobrir o sexo de cada filho que terão num jogo que jogaramentre elas à tardinha.
Mas é bonito vê-las ao serão, quando o vento as chama atrevido da cozinha e dão um pulo seco na cadeira, e largam o bordado e a lareira, e correm até à porta a colher beijos que lhes deixam risos nos lábios tão vermelhos como as mais doces cerejas deste verão. "
Maria do Rosário Pedreira
rapazes como eles
pois é, o improvável aconteceu...
um blog de raparigas e o primeiro participante é um rapaz...
cá vai ele, depois de implorar por um gorro durante vários meses, enviou esta fotografia para ver se lhe arranjava um "cantinho", e para dar "inspiração" (e que inspiração me trará este bigode???)
e assim começamos com os "rapazes como eles"
para além disso, há que ter em conta que este será o artista responsável pelas fotos das meninas com gorros floridos, mais conhecidas como "raparigas como nós"...
M. agora estamos à espera...prepara a câmara, porque nós estamos a caminho...
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